31 de mar. de 2010

Per dor filiais

Se me ouvisses sem falar
quanta palavra bonita podias guardar
se meu pesar não te apressa
meu alcançar me detesta.
Teu atraso é o que resta de tortura
cansaço e secura doente
Pelejo de amor ausente e dor


Vinde a mim os vinhos e as vinhas
As meninas criancinhas
os meninos boçais...
Vinde a mim ou me largais.


Uma curva lisa e ereta...
serras e vales enrijecidos...
tudo de valor que há...
tudo que não me é permitido


A imagem te cerca e te nega mostrar
me proíbe te ver, me incuba adorar
Sou um nojo sem fim,
ai de mim que sou assim sem o querer
sem o poder manter ou desmanter
sem pudor ou desprazer...


Ai de ti, que meu eu não evita
Ai de ti que não sabes que roupa
o que vestir, onde ir, em quem
Ai de ti, e de mim também.
Somos anjos cercados
por doentes, somos demônios julgados
de pavio aceso e Cristo ausente.
Demência recriada,
por décadas passadas.


A pública imagem te cerca e te nega mostrar
me confunde os gostos
mistura as etárias e os rostos
Depois me xinga em pública praça,
depois me faz de mal a "raça".


Já tive tua idade,
absorvido pela publica cidade
pela pudica propriedade de um homem
de um gênero sem.


Ser coisa de querer
se não pode com teu ser
não se pode ter mais ninguém.

28 de mar. de 2010

A grande mentira da realidade

A realidade
É o avesso de nossas conclusões
A realidade
Conclui-se no misto de muitas ações
A realidade
Talvez nem seja verdade
A realidade
No final são só muitas conclusões

A mentira
É a suposta realidade
A mentira
É brincadeira com maldade
A mentira
É forma de fugir da realidade
A mentira
É a primeira verdade

Foi realidade
E quem diria
Que na verdade
A verdade era mentira?
Mentira
Falsidade para justificar
A realidade.

27 de mar. de 2010

Mensagem para meu irmão

Tenho medo de sua ação
Por isso sofro por antecipação
É de fora
É de fora a intervenção
Que invade
Mistura
E atrapalha meu coração
Não me abandone
Meu irmão
Não precisa mais
De proteção
Afetos e prendas
Deixa-me agora na solidão

Fui degrau
Para sua independência
Filantropia é carência
Ignorância
Falta de sapiência
Agora quem me ajuda?
Pergunto-lhe na inocência
Para que venha
Volte
Numa atitude de decência
Para me livrar dessa carecia.

24 de mar. de 2010

fato erótico

Me corta a carne da virilha quando faz isso.
Abaixasse mais um pouco que eu acabava tudo por aqui.
Outros caminhos existem para suportarmos tanto desejo...
outras portas estreitas de céus mais sombrios.
Abaixasse um pouco mais e eu entraria por outra assim.
Sinto tanto desejo quanto dó por seu corpo.
Me serve tanto e bem, por isso.
Antes que eu caduque de vez, me pague e pegue de toda forma que quiseres.

...................................................


Só posso encontrar resposta pra vida, na sua saliva.
Os segredos do universo e da família está no céu da sua boca,
no enxarque na sua língua...
Apelo e te beijo e olhos bem fechados.

Sem título.

Tira o grampo do cabelo, esse batom vermelho
Tudo que é muito zelo com o corpo,
tudo o que for muito luxo, dura pouco...
Não seja um bicho acanhado olhando pela fresta da vida,
esperando o momento de dar o bote no primeiro que te cair aos pés.
Não seja lixo,ó insensata...não seja o nicho, o frio nos pés. Sê o pingo nos és.
Não sabes dançar como dama, não te quero em minha cama.
Não quero te ver nas manhãs que me restam na vida.
Tenho uma esposa que usa espartilho...branca e fria,
como deve ser a esposa de um velho.


Tira o grampo do cabelo, esse batom vermelho
Tudo o que é mulher tem no corpo a marca do muito pouco.
...
Sua beleza é coisa que ninguém suporta...
Sufocas a vida de todos com tanta manha e jeito de ser boa.
Me dá um pedaço desse céu aí dentro das calças.
Não se esqueça de mim quando a vontade invadir seu seio
Tira o grampo do bolso, joga fora...
escreve uma carta pra mim com esse batom. Deixa ele me dizer que você me quer,
isso me importa.

5 de mar. de 2010

O Sereno da Madrugada

Sereno
Calmo
Sereno
Paz
Sereno
Gripe
Sereno
Frio
Sereno
Madrugada
Calma
Sereno
Fico eu
Resfriado