31 de mar. de 2010

Per dor filiais

Se me ouvisses sem falar
quanta palavra bonita podias guardar
se meu pesar não te apressa
meu alcançar me detesta.
Teu atraso é o que resta de tortura
cansaço e secura doente
Pelejo de amor ausente e dor


Vinde a mim os vinhos e as vinhas
As meninas criancinhas
os meninos boçais...
Vinde a mim ou me largais.


Uma curva lisa e ereta...
serras e vales enrijecidos...
tudo de valor que há...
tudo que não me é permitido


A imagem te cerca e te nega mostrar
me proíbe te ver, me incuba adorar
Sou um nojo sem fim,
ai de mim que sou assim sem o querer
sem o poder manter ou desmanter
sem pudor ou desprazer...


Ai de ti, que meu eu não evita
Ai de ti que não sabes que roupa
o que vestir, onde ir, em quem
Ai de ti, e de mim também.
Somos anjos cercados
por doentes, somos demônios julgados
de pavio aceso e Cristo ausente.
Demência recriada,
por décadas passadas.


A pública imagem te cerca e te nega mostrar
me confunde os gostos
mistura as etárias e os rostos
Depois me xinga em pública praça,
depois me faz de mal a "raça".


Já tive tua idade,
absorvido pela publica cidade
pela pudica propriedade de um homem
de um gênero sem.


Ser coisa de querer
se não pode com teu ser
não se pode ter mais ninguém.

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